Biodiversidade da Serra da Lousã

A serra da Lousã pela variedade e extrema riqueza da sua fauna e flora, insere-se na Rede Natura, uma rede europeia de sítios protegidos que assegura a biodiversidade, conservando e restabelecendo habitats naturais, plantas e animais selvagens de forma a manter as características típicas dos locais.

Reserva Ecológica Nacional
Inclui-se ainda na Reserva Ecológica Nacional, uma estrutura biofísica básica e diversificada que, através do condicionamento à utilização de áreas com características ecológicas específicas, garante a protecção de ecossistemas e a permanência e intensificação dos processos biológicos indispensáveis ao enquadramento equilibrado das actividades humanas.

Flora
Vegetação autóctone: coberto vegetal tipicamente mediterrâneo (carvalho português, sobreiro, medronheiro e plantas odoríferas).
Vegetação introduzida pelo Homem: pinheiro bravo, pinheiro silvestre, pinheiro negro, acácia, mimosa, cedro do Buçaco, abetos, cedros do Atlas, eucalipto e folhosas diversas.
Vegetação nos cumes mais elevados e vertentes de ribeiras: formações do tipo mato (urzais, carquejais, tojais e giestais).

Fauna
Aves: interessante sob o ponto de vista dos habitats: ribeiros de montanha, bosques mistos, hortas e prados junto às aldeias. Melro-d’água, dom-fafe, petinha dos campos, aves de rapina (açor, gavião, águia-de-asa-redonda), corujas, mochos, peneireiros-de-dorso-malhado.
Mamíferos: o melhor período do dia para a sua observação é o nascer ou o pôr do sol.
Pequeno porte: doninha, gineto, raposa, lontra, coelho, lebre.
Grande porte: javali, corso, veado.
Anfíbios: podem ser encontradas sob a vegetação, no solo húmido, nos locais mais sombrios. Salamandra lusitânica, rã, rela, trintão.
Répteis: classe indispensável aos ecossistemas existentes. Hibernam no Inverno e podem ver-se ao sol nos dias mais quentes. Cobra-bastarda, cágado, lagartixa, sardanisca , osga, víbora-cornuda, lagarto-de-água.

Temperaturas médias anuais: Verões quentes (20-22ºC), Invernos suaves (9-11ºC)
Chuva e neve frequentes no Outono, Inverno e princípios da Primavera (precipitação média anual entre os 1000-1800 mm).

Afloramento do Trevim

O aforamento do Trevim localiza-se no topo da Serra da Lousã e é considerado pelos especialistas como um dos sítios com elevado valor científico.

Integra-se na Formação de Boque – Serpins Grupo das Beiras, Supergrupo Dúrico-Beirão (Complexo Xisto-Grauváquico), provável Neoproterozóico

http://geoportal.lneg.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=57&Itemid=4

Geologia

Corte Geológico do Rio Ceira

O local apresenta uma estratigrafia do Ordovícico Inferior-Silúrico, e é um dos expoentes da geodiversidade  da região.

Neste local podem observar-se figuras sedimentares de ambiente tempestítico (Fm. De Monte Sombadeira) e a unidade glacio-marinha constituída por tilóides (Fm. De Casal Carvalhal), bem como todo o conjunto vulcano-sedimentar ordovícico – silúrico e a discordância Cretácico Superior – Ordovícico Inferior. Observam-se diversos fósseis: Cruziana, braquiópodes, trilobites e bivalves.

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O Cavalgamento de S. Pedro Dias – o Afloramento de Casal de Ermio

O afloramento de Casal de Ermio, à semelhança dos outros sítios já referidos, apresenta-se também ele com elevado valor científico para o estudo da geologia da região.

O cavalgamento de S. Pedro Dias é uma estrutura paralela ao grande cavalgamento de Lousã – Seia, com a mesma movimentação, pondo em contacto rochas do soco hercínico (Ordovícico – Silúrico ou Grupo das Beiras) sobre depósitos continentais (nomeadamente o Grupo do Buçaco).

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Mais Informações poderão ser recolhidas nos seguintes links:

https://www.biodiversity4all.org/projects/biodiversidade-autoctone-da-lousa

https://www.inaturalist.org/projects/biodiversidade-autoctone-da-lousa/journal

https://biodiversidade.com.pt/biohistorias/veados-na-serra-da-lousa-uma-reintroducao-exemplar/

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