Exmo Sr. Presidente da Assembleia Municipal
Exmo Sr. Presidente da CML
Executivo, membros da AM, colegas Presidentes de Junta, funcionários da CML, público, imprensa
Em nome do executivo da JF e também da população agradeço a realização da Assembleia Municipal em Vilarinho. É sempre um gosto acolher estas reuniões descentralizadas da AM. Agradeço ainda à direção do Clube Recreativo Vilarinhense a disponibilidade na cedência da sala.
Não pondo em causa o legítimo ensejo das gentes das aldeias da ex freguesia de Vilarinho de reverem o seu território, e enquanto presidente da JF da UFLV, relembro que tudo temos feito para que o nosso espaço comum seja olhado como um todo, beneficiando de igualdade de tratamento, cuidado e atenção.
Para nós, o cuidado na prestação dos serviços à comunidade e a urgência que pomos nas intervenções é o mesmo para quem reside no Marco do Espinho, Vale Pereira da Serra, Cabanões ou no Boque, só para citar as aldeias mais afastadas do centro da vila.
O freguês que reside no Prilhão pesa o mesmo (perdoem a expressão!) do que o que reside em Vale de Maceira já que as pequenas/grandes questões que os afetam ou que contribuem para a melhoria da sua qualidade de vida são basicamente as mesmas.
Ainda assim, e porque o que realmente não se consegue resolver com uma boa gestão do espaço, a melhor possível atendendo aos meios e recursos disponíveis, é mesmo a “a questão de coração”, de pertença a uma comunidade, tudo tentámos para que o processo de desagregação de freguesias seja uma realidade já no próximo processo eleitoral, até porque o nosso conceito de autarquia FREGUESIA não corresponde ao atual desenho criado coercivamente em 2013. Tudo temos feito para devolver a voz aos cidadãos.
Em junho dei-vos nota das informações disponíveis, acrescento agora que enviamos à ANAFRE pedido de esclarecimento e de intervenção no processo. Lembro que foram apresentadas, e aprovadas, moções aos congressos da Anafre dos Açores, de Viseu e, já este ano, de Portimão. Seria por isso também importante que a CML, e também esta AM, diligenciasse junto do poder central – Governo e Assembleia da República – para que tomem uma posição clara em relação a este processo. Volto a frisar que a falta desta lei é uma violação dos princípios constitucionais e não nos podemos calar perante tal omissão.
Até lá, creiam, para que fique bem claro, que somos uma mesma freguesia, Lousã e Vilarinho são uma só comunidade.
Assim, senhor Presidente da Câmara Municipal, tomo a liberdade de aproveitar este espaço de palavra para lembrar, ou reforçar, a necessidade de algumas intervenções na zona de Vilarinho (algumas já acordadas):
– Intervenção na Rua do Bordão, entre o Centro de Saúde e a EB1, e na Estrada Real;
– Intervenção e pavimentação de ruas do lugar, nomeadamente da Rua do Lagar;
– Reforço junto da IP da necessidade de construção de passeios desde a igreja ao lugar de Vilarinho, resolução da questão das bermas e do encaminhamento das águas das minas e pluviais;
– Requalificação da zona mais urbana da Rua Joaquim Pereira de Melo e outras;
– Encaminhamento das águas pluviais na Rua José dos Santos Carvalho, em Fiscal;
– Intervenção nas estradas florestais entre o Boque e o Aeródromo, nomeadamente na reparação de serventias;
– Reforço de contentores de recolha de resíduos domésticos, mas também de ecopontos, designadamente na Rua de Vale de Moleiros;
– Estudo da possibilidade de acesso da estrada da Quinta do Caimão pela Rua de Vale de Moleiros;
– Por último, estudo da possibilidade de alargamento da estrada de acesso à sede da ADIC.
Aproveito aqui, se me é permitido, para felicitar a direção da ADIC e toda a equipa pela conclusão das obras da sede e desejar a todos a continuação de bom trabalho em prol da comunidade.
Agradeço novamente a presença da AM em Vilarinho
Vilarinho, 24 de setembro de 2020